sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Dissertação - Rodolpho Theophilo: a construção de um romancista

        
        A minha dissertação de Mestrado, Rodolpho Theophilo: a construção de um romancista, concluída em 2011, teve uma gestação de mais de 4 anos. A sua gênese ocorreu no projeto de pesquisa de graduação, "A formação intelectual e literária de Rodolfo Teófilo", que fez parte dos estudos do grupo de pesquisa "Espaço de leituras: cânone e bibliotecas", coordenado pela professora Odalice de Castro e Silva
        Quem desejar conhecer mais a obra literária de Rodolfo Teófilo, basta acessar o link a seguir: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/3452/1/2011_DIS_CRPINHEIRO.pdf

Resumo: Esta dissertação, intitulada Rodolpho Theophilo: a construção de um romancista,  realizou uma investigação da formação intelectual e literária de Rodolfo Teófilo (1853-1932), verificando como ocorreu o seu amadurecimento como ficcionista em O paroara (1899). Para tal propósito, situamos, de maneira crítica, o referido autor em sua conturbada época e espaço social: a Fortaleza da Belle Époque. A pesquisa divide-se em três capítulos: o primeiro relaciona o escritor ao contexto em que está inserida a sua obra ficcional, além do estudo de seu campo intelectual e literário; no segundo estudamos a dinâmica dos processos de leitura e desleitura e, no terceiro capítulo, como operou-se a construção do estilo naturalista-regionalista de Rodolfo Teófilo. Para o desenvolvimento do primeiro capítulo, utilizamos as categorias de contexto, campo literário e habitus, respectivamente, estabelecidas por Dominique Maingueneau, em O contexto da obra literária (2001) e por Pierre Bourdieu, em As regras da arte (1996). No segundo, investigamos qual foi o rol de leituras de Rodolfo Teófilo, que configuraram a base de sua cosmovisão cientificista. Para examinar os embates dele com a tradição literária, empregamos a concepção de angústia da influência e de desleitura, cunhados pelo crítico Harold Bloom, em A angústia da influência (1991) e Um mapa da desleitura (2003). No último capítulo, analisamos como ocorreu a superação das influências de leitura, efetuando um rigoroso exame dos textos ficcionais da década de 1890, culminando com o romance O paroara. Para esse processo, foram empregadas as categorias estilo, linguagem e escritura, por Roland Barthes em O grau zero da escritura (1974), também estudadas por Leyla Perrone-Moisés em Texto, crítica, escritura (1993). Concluímos, que em O paroara, Rodolfo Teófilo atingiu uma segurança em seu fazer ficcional, apoiado, criticamente, na noção proposta por Araripe Júnior, de estilo tropical, no ensaio Estilo tropical. A fórmula do naturalismo brasileiro (1888). Estudamos como Rodolfo Teófilo realizou uma desapropriação poética da escola naturalista e atingiu uma escritura singular, recriando o regionalismo, tornando-se precursor da chamada Literatura das secas. Este trabalho fez parte da pesquisa Bibliotecas Pessoais: Escritores, Historiadores e Críticos Literários, sob a coordenação da Profª. Drª. Odalice de Castro Silva, do Programa de Pós-Graduação em Letras – Literatura Comparada, da Universidade Federal do Ceará.

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